http://www.embaixadacigana.com.br/index.htm

terça-feira, 29 de agosto de 2017

INDICAÇÃO DE BIBLIOGRAFIA CIGANA

NÚCLEO DE ESTUDOS CIGANOS
BIBLIOGRAFIA CIGANA

A bibliografia citada a seguir está disponível para pesquisadores ciganos e não-ciganos no
Núcleo de Estudos Ciganos (NEC)
a/c - Frans Moonen
Rua Manoel Joaquim de Almeida 104
Iputinga
50670-370 Recife - PE
fjmmoonen@yahoo.com.br


1. Bibliografia brasileira:

Adolfo, Sérgio Paulo.
1999. Rom: uma odisséia cigana, Londrina: Editora UEL
Aristicth, J.
1995. Ciganos: a verdade sobre nossas tradições, Rio de Janeiro: Irradiação Cultural
Bueno, V. R. dos Santos
1990a. Espacialidade e territorialidade dos grupos ciganos na cidade de São Paulo, São Paulo: USP, Monografia de Especialização em Geografia (ms)
1990b. “La problemática spaziale dei calons nomadi”, Lacio Drom, ano 26, n. 6, pp. 11-19
1992. “Le politiche regionali e locali verso gli zingari in Brasile”, Lacio Drom, suplemento ao n. 1/2, pp.128-132
1997. “A globalização e o espaço do cidadão”, Travessia, ano X, n. 27, pp.15-21
Caldeira, Hugo.
1996. A bíblia e os ciganos, Belo Horizonte: O Escriba Editora
Campos, Claudia Camargo.
1999. Ciganos e suas tradições, São Paulo: Madras
Cândida, Ninon Roze Sobreira.
1995. Trajetória cigana: um povo fiel a si mesmo, Belo Horizonte: PUC, Monografia de Graduação em História (ms)
Cavalcanti, S. M. Ribeiro Simon
1994. Caminheiros do Destino, São Paulo: PUC/SP, Dissertação de Mestrado em História (ms)
China, J.d’Oliveira
1936. “Os ciganos do Brasil”, Revista do Museu Paulista, Tomo XXI, pp. 323-669
Dornas Filho, J.
1948 - “Os ciganos em Minas Gerais”, Revista do Inst. Histórico e Geográfico de Minas Gerais, Vol. III, pp. 138-187
Gasparet, Murialdo.
1999. O rosto de Deus na cultura milenar dos ciganos, São Paulo: Paulus
Hoffmann, C. C.
1992. A alma roubada: estudo de um grupo cigano em Jaraguá do Sul, Blumenau: Instituto de Pesquisas Sociais
Liechocki, Sally E. Esmeralda.
1999. Ciganos: a realidade, Niterói: Heresis
Lima, Solange T. de.
1996. Paisagens & Ciganos, Rio Claro: UNESP, Tese de Doutorado em Geografia (ms)
Locatelli, M.
1981 - O ocaso de uma cultura: uma análise antropológica dos ciganos, Santa Rosa: Barcellos Editora
Macedo, O.
1992 - Ciganos: natureza e cultura, Rio de Janeiro: Imago
Maia, L. Mariz.
1993. Ciganos na Comunidade Europeía: documentos, João Pessoa: PR/PB
1996 - The Rights of the Gypsies under English and Brazilian Law, London: School of Oriental and African Studies, LMM Essay (ms)

Mello Moraes Filho, A.
1981 [1886/1885] - Os ciganos no Brasil & Cancioneiro dos ciganos, Belo Horizonte: Itatiaia
Moonen, F.
1993. Ciganos Calon no sertão da Paraíba, Brasil, João Pessoa: PR/PB (2a. edição, Cadernos de Ciências Sociais 32, João Pessoa: MCS/UFPB, 1994)
1995. As minorias ciganas e o Direito: projeto de estudo interdisciplinar, Cadernos de Ciências Sociais 36, João Pessoa: MCS/UFPB
1996. “A História esquecida dos Ciganos no Brasil”, Saeculum: Revista de História, João Pessoa, UFPB, no. 2, pp. 123-138.
1997. Ciganos, na Europa e no Brasil, Recife (edição do autor; 1ª ed. 1996)
1999. Rom, Sinti e Calon: os assim chamados Ciganos, Recife, Núcleo de Estudos Ciganos
2000a. Rom, Sinti e Calon: os assim chamados ciganos, Recife: NEC, E-Texto nº 1 [www.dhnet.org.br]
2000b. As Minorias Ciganas: direitos e reivindicações, Recife: NEC, E-Texto nº 3 [www.dhnet.org.br]
2000c. Ciganos Calon na Paraíba, Brasil (1993), Recife: NEC, E-Texto nº 4 [www.dhnet.org.br]
2001. “Historia de los gitanos de Brasil”, I Tchatchipen, nº 34, pp.4-18
2002a. “Assassinatos reais de mitos errantes (I): o Poraimos (Holocausto) cigano”, Insight/ Inteligência, nº 16, pp.126-135
2002b. “Assassinatos reais de mitos errantes (II): consagração da imagem, profanação das gentes”, Insight/Inteligência, nº 17, pp. 77-85
2002c. “Assassinatos reais de mitos errantes (III): dos reis ciganos aos presidentes da Nação Romani”, Insight/Inteligência, nº 18, pp.121-130
Mota, Á. Vilas Boas da.
1982. “Contribuição à história da ciganologia no Brasil”, Revista do Inst. Histórico e Geográfico de Goiás, ano X, pp.3-42
1984 - “Os ciganos do Brasil”, Correio da Unesco, 12, p.32-34.
1986 - “Os ciganos: uma minoria discriminada”, Revista Brasileira de Política Internacional, ano XXIX, vol. 115/116, pp.21-46.
Palheta, I. e Bueno, V.
1990. “Notizie sugli Zingari in Brasile”, Lacio Drom, ano 26, no. 6, pp. 6-10
Pereira, Cristina da Costa.
1985. Povo cigano, Rio de Janeiro (edição da autora)
1989. Os ciganos continuam na estrada, Rio de Janeiro: Ribro-Arte
1990. “Gli zingari in Brasile”, Lacio Drom, Ano 26, n. 6, pp.3-5
1991. Lendas e histórias ciganas, Rio de Janeiro: Imago
1992. “La situazione sociale degli zingari in Brasile”, Lacio Drom, Suplemento ao no.1-2, pp.121-27
Rezende, D. F. de Almeida.
1995. Atitudes, comportamentos e etnicidade: um estudo sobre uma minoria cigana de Belo Horizonte a partir de um modelo de conflito/competição, Belo Horizonte (ms)
1995. Os ciganos na cidade: um estudo sobre o contato interétnico, Belo Horizonte (ms)
2000. Transnacionalismo e etnicidade: a construção simbólica do Romanesthàn (Nação Cigana), Belo Horizonte, UFMG, Dissertação de Mestrado em Sociologia (ms)
Rodrigues, M. L. Nunes.
1987. Considerações gerais acerca dos elementos principais na manutenção da identidade étnica do povo cigano, Belo Horizonte (ms)
Rosso, R.
1985. “Ciganos: uma cultura milenar”, Revista Vozes, vol. 79/3, pp.169-202
1992. Ciganos: um povo de Deus, s.l., s.ed.
Sant'Ana, M. L.
1983 - Os ciganos: aspectos da organização social de um grupo cigano em Campinas, São Paulo: USP
Schepis, Rosaly Mariza.
1999. Ciganos: os filhos mágicos da Natureza, São Paulo: Madras

Silva, Rosicleide Alves da.
1999. Os ciganos Calon em Sergipe, São Cristóvão/Aracajú: UFSE, Monografia de Bacharelado em Serviço Social (ms)
Stanescon-Rorarni, Mirian
s.d. Lilá Romaí: cartas ciganas. O verdadeiro oráculo cigano, ed. da autora
Teixeira, Rodrigo Corrêa.
1993. A ‘questão cigana’: uma introdução, Belo Horizonte: UFMG, Monografia de Graduação em Geografia (ms)
1998. Correrias de ciganos pelo território mineiro (1808-1903), Belo Horizonte: UFMG, Dissertação de Mestrado em História (ms).
1999. História dos ciganos no Brasil, Recife, Núcleo de Estudos Ciganos
2000. História dos ciganos no Brasil, Recife, NEC, E-texto 2 [www.dhnet.org.br]

DIFERENÇAS ENTRE CIGANAS E POMBAS GIRAS CIGANAS



A linha dos ciganos é uma linha independente que não trabalha apenas na
Umbanda.
Tem uma vibração muito próxima à Linha do Oriente, podendo trabalhar como
uma Falange dessa linha. ou como uma Linha independente, com suas próprias
falanges, dependendo da raiz (origem) dos espíritos.
As entidades ciganas costumam ter muitas experiências encarnatórias como
ciganas, com tradição e conhecimento de seu povo. Enquanto que as pombas
Giras Ciganas podem ter sido ciganas, que optaram pelo trabalho de pombas
Giras ou Pombas Giras que tiveram acesso ao conhecimento e à magia própria
dos ciganos sem contudo terem ligação de raiz com o povo cigano.
Suas manifestações, seja através da vibração ou da incorporação propriamente
dita, são de muita alegria e alto astral, deixando em seus médiuns uma sensação
reconfortante.
Em suas consultas, usam elementos dos povos ciganos, como: frutas, incensos,
flores do campo, rosas coloridas, velas coloridas, ervas, especiarias, cristais
baralhos ciganos, runas, moedas etc.
Suas roupas podem ser de diversas cores e costumam ser bastante enfeitadas.
As Pombas Giras Ciganas são entidades que realizam um trabalho mais denso,
e por isso mesmo, teem a vibração mais forte que as Ciganas.
Efetivamente são Pombas Giras, com algumas características Ciganas, trabalham
mais a magia, os oráculos, as revelações, os encantamentos de amor etc.
Essas entidades são especialistas nas artes do amor, exemplo disso é a famosa
Pomba Gira Cigana Das Sete Saias.
Existem evidentes diferenças nas incorporações, comportamento, elementos
de trabalho, tipo de consulta e aconselhamento, roupas, danças ente outros,
entre as Ciganas e as Pombas Giras Ciganas. Entre as diferenças das duas
entidades, destaca-se a sensualidade: as Pombas Giras Ciganas apresentam-se
em geral mais sensuais que as Ciganas e as Pombas Giras Guardiãs.
Raramente uma entidade Cigana mostra-se densa, autoritária ou de mal humor.
Os ciganos também costumam se apresentar bem mais alegres, calorosos
amorosos e sedutores que os Exús, mas isso em nada diminui seu fascínio
poder de fogo, são conhecedores da alta magia e principalmente da alma
humana, e seus trabalhos são muito eficientes.

CIGANOS MASCULINOS NA UMBANDA

Por Claudia Baibich




A presença e a energia das Ciganas, com sua graça sensual, encanto e
magia já é algo com o qual estamos habituados nas giras de Umbanda.
Mas a presença viril e protetora; sensual e romântica; desafiadora e ao
mesmo tempo acolhedora dos espíritos ciganos masculinos, é algo que
ainda nos escapa os sentidos.
Talvez pelo fato de existirem mais mulheres que homens nas correntes de
Umbanda; talvez por timidez dos poucos homens que incorporam ciganos e suas dificuldades em dançar e deixar a energia fluir; ou pelo
fato de ainda não conseguirmos entender direito a ENERGIA CIGANA E
SUA MANIFESTAÇÃO E FUNÇÃO NAS INCORPORAÇÕES.
Certa noite, estava num determinado Terreiro de Umbanda, para fazer
minhas entrevistas e observações, quando comecei a sentir essa POTENTE ENERGIA CIGANA YANG. Era algo magnificamente inebriante
que tomava conta de toda a atmosfera do local. Derrepente percebi de
onde vinha a fonte dessa sensação, um determinado médium, que era
uma pessoa com a aparência absolutamente normal, incorporava o seu
belíssimo cigano. E como que por encanto, outros médiuns jovens e mais
velhos, pouco à pouco davam passagem às suas entidades ciganas.
Que espetáculo bio-psíquico-espiritual!!!
A Gira seguiu, nem todos, eu diria, que poucos privilegiados foram
favorecidos ou se permitiram favorecer por essa energia indescritível.
Iniciei meu contato com o Cigano Encantador que me descreveu algumas
histórias, que serão publicadas nesse blog.
Queridos leitores, prestem mais a atenção numa Gira Cigana, não vejam
o médium (não interessa se é bonito, bem vestido, feio, homem, mulher,
homossexual etc) sintam o que emana, sintam o espírito que comanda
aquela pessoa. Vejam com os olhos da alma, viagem com a energia e
sairão de lá, mais leves, revigorados, românticos e felizes.
Está na hora dos Terreiros desenvolverem e prepararem mais seus
médiuns masculinos para o trabalho com os Espíritos Ciganos, pois
os espíritos Ciganos com certeza ajudarão os homens à serem mais
sensíveis, gentis, românticos e sedutores.
Os espíritos Exús encontram muito mais facilidade para trabalhar, pois
além de sua energia ser mais próxima da nossa e facilitar a incorporação,
os médiuns masculinos dão passagem com facilidade e muitas mulheres
também trabalham com a entidade.
Inicio meu trabalho de divulgação dos Espíritos Ciganos masculinos,
com a apelo, feito pelos mesmos, para que se formem mais médiuns
para incorporação de ciganos.
Tenho observado ainda, que muitos jovens têm se interessado pela
Umbanda, tanto na assistência, quanto no desenvolvimento nas correntes. Esses mesmos jovens, se orientados, darão excelentes
"cavalos" para os espíritos ciganos, já que os jovens são mais abertos e
menos preconceituosos.



SALVE OS CIGANOS!!
Claudia Baibich



ENCANTADO

A fé e a perseverança sempre foram as estrelas condutoras na vida cotidiana  dos ciganos, de qualquer etnia e em qualquer lugar do mundo.
Sempre lidando com o porvir, sem garantias além do amor ao ser, ao estar e ao viver.

Sempre, sempre, sempre, que tenho contato com algum espírito cigano, fico entorpecidamente encantado. Encantado com a força serena; encantado com a alegria agregadora; encantado com a habilidade que têm em encontrar caminhos alternativos; encantado com sua capacidade em resolver conflitos; encantado com os sábios conselhos que nos passam em forma de singelas sugestões, afim de que entendamos e aceitemos as mudanças em nossas vidas.

E ninguém melhor que os ciganos para nos ensinar sobre mudança, desapego e liberdade.

Mudar é difícil e as vezes muito dolorido. Teoricamente sabemos que as crises fazem parte do processo de crescimento em qualquer nível ("Pela dor ou pelo amor"). Sozinhos esse processo é de um abismo avassalador, mas com amigos (encarnados e (ou) desencarnados) ele é mais suportável, pautado na renovação da fé e da esperança transformadora.

E mais uma vez, os ciganos, os negros escravos, os índios, tal como qualquer povo com experiência em carências sociais e perseguições étnicas, dão um show de lições de superações de condições humanamente deploráveis.
E com todo esse cabedal de experiências existenciais, os espíritos ciganos tornam-se amigos que nos dão aconchego e ao mesmo tempo nos impulsionam o caminhar.
E mesmo que não podendo resolver ou eliminar as causas de nossas dores, podem e fazem com que as nossas interpretações sobre elas, sejam mais claramente conscientes e menos dramáticas.
Aconselham-nos a paz e não a passividade; o deixar fluir e não a inércia; o desapego e não a desistência; a aceitação da limitação e não o derrotismo.

Peço aos irmãos umbandistas que procurem mais "contato" e aconchego com seus guias ciganos, para si mesmos e para os consulentes.




Gypsy Dance by David Garrett

terça-feira, 15 de agosto de 2017

ESPÍRITOS CIGANOS

Numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro, como ocorre com todas as outras correntes do espaço. O povo cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alçado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.

A argumentação de que espíritos ciganos não deveriam falar por não ciganos ou por médiuns não ciganos e que se assim o fizessem deveriam faze-lo no idioma próprio de seu povo, é totalmente descabida e está em desarranjo total com os ensinamentos da espiritualidade sua doutrina evangélica, até as impossíveis limitações que se pretende implantar com essa afirmação na evolução do espírito humano e na lei de causa e efeito, pretendendo alterar a obra divina do Criador e da justiça divina como se possível fosse, pretendendo questionar os desígnios da criação e carregar para o universo espiritual nossas diminutas limitações e desinformação, fato que nos levaria a inviabilização doutrinária. Bem como a eleger nossa estada na Terra como mera passagem e de grande prepotência discriminatória, destituindo lamentavelmente de legitimidade as obras divinas.

Outrossim, mantêm-se as falanges ciganas, tanto quanto todas as outras, organizadas dentro dos quadros ocidentais e dos mistérios que não nos é possível relatar. Obras existem, que dão conta de suas atuações dentro de seu plano de trabalho, chegando mesmo a divulgar passagens de suas encarnações terrenas. Agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e falanges.

Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mau e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro que dentro do critério de merecimento, tanto quanto qualquer outro espírito teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem diferentes de nenhum outro espírito humano.

Trabalham preferencialmente na vibração da direita e aqueles que trabalham na vibração da esquerda, não são os mesmo espíritos de ex ciganos, que mantêm-se na direita, como não poderia deixar de ser, e, ostentam a condição de Guardiões e Guardiãs. O que existe são os Exus Ciganos e as Moças Ciganas, que são verdadeiros Guardiões à serviço da luz nas trevas, como todo Guardião e Guardiã dentro de seus reinos de atuação, cada um com seu próprio nome de identificação dentro do nome de força coletivo, trabalhando na atuação do plano negativo à serviço da justiça divina, com suas falanges e trabalhadores, levando seus nomes de mistérios coletivos e individuais de identificação, assunto este que levaria uma obra inteira para se abordar e não se esgotaria.

Contudo, encontramos no plano positivo falanges diversas chefiadas por ciganos diversos em planos de atuação diversos, porém, o tratamento religioso não se difere muito e se mantêm dentro de algumas características gerais. Imenso é o número de espíritos ciganos que alcançaram lugar de destaque no plano espiritual e são responsáveis pela regência e atuação em mistérios do plano de luz e seus serviços, carregando a mística de seu povo como característica e identificação.

Dentro os mais conhecidos, podemos citar os ciganos Pablo, Wladimir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros, da mesma forma as ciganas, como Esmeralda, Carme, Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também. É imprescindível que se afirme que na ordem elencada dos nomes não existe hierarquia, apenas lembrança e critério de notoriedade, sem contudo, contrariar a notoriedade de todos os outros ciganos e ciganas, que são muitos e com o mesmo valor e importância.

Por sua própria razão diferenciada, também diferenciado como dissemos é a forma de cultuá-los, sem pretender em tempo algum estabelecer regras ou esgotar o assunto, o que jamais foi nossa pretensão, mesmo porque não possuímos conhecimento de para tanto. A razão é que a respeito sofremos de uma carência muito grande de informação sobre o assunto e a intenção é dividir o que conseguimos aprender a respeito deste seguimento e tratamento. Somos sabedores que muitas outras forças também existem e o que passamos neste trabalho são maneiras simples a respeito, sem entrar em fundamentos mais aprofundados, o que é bom deixar induvidosamente claro.

É importante que se esclareça, que a vinculação vibratória é de axé dos espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores estilizadas no culto e também com os incensos, pratica muito utilizada entre ciganos. Os ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação é utilizada para velas em seu louvor. Uma das cores, a de vinculação raramente se torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.

Os incensos são sempre utilizados em seus trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar.

Para o cigano de trabalho se possível deve-se manter um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultua-lo no altar normal. Devendo esse altar manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferencia do cigano em um suporte de alumínio, fazendo oferendas periódicas para ciganos, mantendo-o iluminado sempre com vela branca e outra da cor referenciada. Da mesma forma quando se tratar de ciganas, apenas alterando a bebida para licor doce. E sempre que possível derramar algumas gotas de azeite doce na pedra, deixando por três dias e depois limpá-la.

Os espíritos ciganos gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel. Podendo ainda fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal e leva-los ao forno, por alguns minutos, muitas flores silvestres, rosas, velas de todas as cores e se possível incenso de lótus.

As saias das ciganas são sempre muito coloridas e o baralho, o espelho, o punhal, os dados, os cristais, a dança e a música, moedas, medalhas, são sempre instrumentos magísticos de trabalho dos ciganos em geral. Os ciganos trabalham com seus encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, olhando por dentro das pessoas e dos seus olhos.

Uma das lendas ciganas, diz que existia um povo que vivia nas profundezas da terra, com a obrigação de estar na escuridão, sem conhecer a liberdade e a beleza. Um dia alguém resolveu sair e ousou subir às alturas e descobriu o mundo da luz e suas belezas. Feliz, festejou, mas ao mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em dar conta de sua lealdade para com seu povo, retornou à escuridão e contou o que aconteceu. Foi então reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e dele também. Contudo, aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e acreditando merecerem a luz e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo dos livres, da beleza e da natureza. Deus então, preocupado em atende-los, concedeu e concordou com o pedido, determinando então, que poderiam subir à luz e viver com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder e em troca concedia-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas e aconselha-las para o bem.

É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua..."

segunda-feira, 14 de agosto de 2017



Mas vejam só, mas vejam só
Que maravilha é aquela
Ao som do seu violino a tocar
É um cigano que vem trabalhar
É um cigano valente
É um cigano guerreiro 
Que vem nos ajudar

Transmitindo paz, alegria e amor
você me fascina
Você me irradia
És um cigano do amor
Ao som do seu violino a tocar
vem tirar toda a maldade
Toda fetiçaria
que tem neste lugar
 
A lua brilha, a lua brilha
Sua estrela reluz
Santa Sara Kali é quem me conduz