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segunda-feira, 31 de julho de 2017
Uma lágrima se solta ...
sem ventos, sem brisas ...
se volatiliza num gemido de violino!
Dormes.
Por dentro da luz ténue de silêncios finos,
silenciados na concha tumular
que cobre todas as pedras desalinhadas da calçada.
Hoje caminho na Avenida. Piso a passos precisosos trilhos
por onde tantas vezes viajaste sózinho dentro de mim.
E sozinho em ti, perdido num labirinto.
A nebulosa esmaecida teima em perpetuar-se à minha frente.
Persistente, a lágrima cristalizada se solta, rola extemporânea.
Avança, morde e beija a boca.
Tem o sabor salgado da Saudade e, contudo,liberta,
traz-me de regresso à realidade.
Refulgentes, os raios iluminados da manhã,
traçam nos paralelepípedos novos desenhos constelados.
Das ruas pardacentas, aos poucos, a espasmos, a Primavera brota.
Estrangula o vazio e a melancolia nostálgica.
Emerge em sons.
Eternas sintonias Genésicas.
Na igreja em frente, toca o sino.
As ruas recobrem-se, serenas,
com as cores brancas do seu manto Divino.
CIGANA ROSA
A linda de todas as lindas Ciganas tem o nome de Rosa.
Tem esse nome pois ela tem a beleza e o perfume dessa flor divina.
Ela trabalha na Umbanda na linha do Oriente trazendo ensinamentos, paz, amor e caminhos abertos a quem lhe dedica uma oração com carinho e fé.
Com sorriso largo e olhos brilhantes, que tinha nas mãos o poder de ver o passado, presente e futuro das pessoas que buscavam os Ciganos para esses fins.
Era dito que ela era muito meiga de voz aveludada, trazendo uma condição de tranquilidade as pessoas que ficavam em sua volta. Tinha o dom de espalhar a calmaria entre os que buscavam guerras, a saúde a quem foi atacado pela peste, a alegria a quem era destinado a tristeza. Essa era Rosa, a menina Cigana que admirava o brilho do Sol e a luz de tom azulada e sensual da Lua.
Rosa era de um clã poderoso entre os povos Ciganos, tinha como ponto alto o respeito que todos os povos tinham pelo monumental trabalho de magias que eram somente ensinados e compartilhados dentro de seu clã. e assim mesmo por poucos Ciganos, ou seja, todos que tinham a benção de aprender as secretas magias daquele clã, eram escolhidos minuciosamente pelos mais velhos, os donos dos segredos.
Ao chegar certa idade, o Cigano ou Cigana que era guardião ou guardiã de certo segredo mágico, escolheria um substituto para ser compartilhado o grande segredo único, e cada magia tinha seu protetor, ninguém mais saberia, mesmo sendo guardião de outras magias secretas. Mas essa regra foi quebrada com a Cigana Rosa. Jovem ainda, ela demonstrava grandes dons em diversas formas de elevar muito mais certos ensinamentos tradicionais sobre magias ciganas.
E sendo assim ela teve seu nome sugerido para ser a guardiã de sete dessas magias secretas, ou seja, sete Ciganos desejavam que a linda Rosa fosse a próxima guardiã de seus segredos mágicos. Então ficou um impasse, qual seria e de qual Cigano seria ela a guardiã. Foi levado o fato ao Cigano Mor, o grande chefe do Clã, que levaria o caso aos Ciganos conselheiros.
E assim foi feito. Após vários dias de debates, de perguntas e respostas, de estudos aos dons de Rosa, decidiram por unanimidade que ela tinha a perfeição e sabedoria de poder ficar como soberana conhecedora dos sete segredos mágicos.
E como determinação do conselho Cigano e autorizado pelo Cigano Mor, Rosa a partir desse dia seria a única Cigana a poder ter o conhecimento das sete magias, que a foram reveladas uma a uma pelos portadores de tais segredos.
Rosa usava todos esses segredos para a caridade dentro e fora dos acampamentos Ciganos, tinha no seu coração a bondade e a seriedade de demonstrar que o poder dos segredos eram para ser usado exclusivamente para o bem, e é o que ela fez durante toda a sua vida terrena.
Rosa, com mais idade e maturidade, foi escolhida para ser a guardiã das pequenas Ciganas, sendo responsável por ensinar, demonstrar e cobrar as regras rígidas de seu clã. Com essa responsabilidade com as Ciganinhas e com o conhecimento de sete segredos mágicos ciganos, ela se tornou muito procurada e idolatrada por todo povo de seu clã, e também por vários clãs de várias regiões.
Mas ela não recebeu só a admiração e o respeito de todos. Recebia ouro, joias, sedas, entre vários presentes vindos de todos os Ciganos de todos os povos. E assim ela também conseguiu fazer nascer sentimentos ruins por entre muitas Ciganas de outros clãs. Sentimentos como o ódio, o rancor e principalmente a inveja.
Uma dessas Ciganas, uma jovem ambiciosa vinda de uma região distante, que a pedido de seu pai ficara no clã onde nasceu a Cigana Rosa, tinha muitos sentimentos desse tipo. E como Rosa era vista dentro do clã como diferenciada nas questões sobre magias ciganas, essa Cigana então planejou que tiraria Rosa do clã, faria ela ser expulsa ou mesmo morta. Ela tentou muitas coisas, e todas sem sucesso, e isso foi a deixando cada vez mais rancorosa, com o ódio estampado nos olhos, a inveja e a ambição de um dito poder, que ela imaginava que poderia ter eliminando Rosa do convívio do clã cigano.
Com esses sentimentos ruins, foram abertas portas para espíritos sem luz, e esses espíritos obsediavam a jovem Cigana dia após dia, fazendo-lhe sofrer muito com a sua própria ambição e arrogância.
Ela tomada pela inveja e pela obsessão dos espíritos sem luz, passou a observar cada passo, cada ação, cada gesto, cada palavra que Rosa distribuía as Ciganas jovens e as Ciganas que estavam grávidas, para que assim achasse algo que ela poderia utilizar contra a linda Cigana dona dos poderes de magia.
Dentro dos clãs, as Ciganas grávidas ficavam separadas das outras, não falavam com os homens, não era permitido a elas se socializarem, enfim, tinham várias regras que deviam ser respeitadas, pois as Ciganas quando grávidas eram consideradas "Marimé", ou seja, impuras, isso por um período da gravidez até o batismo do recém nascido.
Como toda essa tradição era levada muito a sério, e com muita cautela, as grávidas não deveriam dar a luz dentro das barracas do acampamento, dentro dos transportes, tocar em coisas como utensílios e roupas de outras pessoas, pois se caso acontecesse, tudo isso deveria ser queimado, pois também era considerado impuro. E essa foi a grande chance da perversa Cigana ambiciosa, pois a esposa do Cigano Mor, estava grávida, e próximo de dar a luz.
Logicamente todos os cuidados estavam sendo tomados para que ela não trouxesse a "impureza" para junto do clã, e a responsável para que isso não acontecesse era a Cigana Rosa, que como sempre fazia com todas as Ciganas em estado de gravidez. O tempo passou e chegou o tão esperado dia do nascimento do filho do Cigano Mor.
E conforme a tradição, a Cigana grávida não deveria ser vista por nenhum homem, nenhuma Cigana jovem ou as crianças ciganas. Rosa sabendo desses fatos e tradições, levou a grávida até uma pequena cabana, para que ali ela pudesse dar a luz, e ao final do acontecimento, a cabana e tudo mais utilizado para o nascimento do novo membro do clã seriam queimados. A criança nasceu sem maiores problemas, um menino forte e saudável, que deixou a mãe e Rosa com lágrimas nos olhos pela emoção do primeiro choro do ciganinho.
No clã de Rosa havia também uma tradição de logo após o nascimento, e após saber o sexo da criança, deveria então fazer um banho de ervas colhidas após o parto e antes da sétima hora de vida do recém nascido.
Essas ervas variavam de acordo com os detalhes do parto, como o tempo demorado do nascimento, o tamanho do cordão umbilical, entre outras coisas, que somente as responsáveis pela hora do parto poderiam estabelecer, e designar cada tipo de erva sagrada.
E assim foi feito por Rosa, saindo logo após ao parto para ir em busca das ervas, sendo obrigada a deixar a cigana que acabara de dar a luz sozinha, pois até aquele momento era vista como impura aos olhos do povo cigano.
A jovem mãe, por estar um tanto cansada adormece logo após a saída de Rosa. E essa foi a chance da ambiciosa Cigana que aguardava o momento de se vingar da senhora dos poderes mágicos dos Ciganos. Com ajuda de um gadjo, no qual ela prometera algumas peças e moedas de ouro, doparam e levaram a Cigana e seu filho para o centro do acampamento, se aproveitando da ausência dos Ciganos, e lá a deixaram com seu filho ao lado.
Ao chegarem de suas tarefas, Ciganos e Ciganas se desesperaram ao ver a criança recém nascida e sua mãe, ditos impuros, podendo trazer mau agouro, espíritos do mal, doenças e miséria, conforme era a lenda entre os Ciganos. O Cigano Mor, era o único que poderia tocar nela, por ser seu esposo, e foi ele que a levou de volta a barraca na qual ela teria dado a luz. Mas deveria voltar rapidamente para decidirem o que fazer em relação aos maus espíritos, que pela tradição, estariam espalhados por todo acampamento.
Após se reunirem, os Ciganos mais velhos decidiram que a criança e sua mãe deveriam ser impostas a condição de impuros por sete anos, e que nesse período deverias ser estabelecidos locais diferenciados para que ambos vivessem, ou deixar para sempre o acampamento.
Foi estabelecido também que todos os Ciganos jamais voltassem a acampar naquele lugar, que se tornou impuro. E que a Cigana Rosa, que era responsável pelo parto, deveria, ou ser expulsa do clã (na visão de alguns dos Ciganos), ou ser simplesmente morta (aos olhos de outros).
Foi dito ainda que todos os utensílios utilizados no parto, incluindo a barraca e tudo que nela continha, deveriam ser queimados imediatamente, para que não fosse espalhado o mau agouro das impurezas da pobre Cigana, que agora era uma recém mãe, e vista como um problema espiritual a ser combatido a todo custo.
A Cigana ambiciosa, se aproveitando de toda essas regras do mundo nômade, caminhou até a barraca onde estaria havendo a reunião do conselho Cigano, e lá adentrou sem pedir autorização. Aos berros, demonstrando estar obsediada por um espírito negro, disse que era o espírito da impureza, e que perseguiria aquele clã até o último Cigano. E só partiria se fosse sacrificados os responsáveis por lhe chamarem das profundezas.
Ao ouvirem as palavras vindas da Cigana ambiciosa, o conselho Cigano então se decide em entregar a alma de Rosa para o sacrifício, perguntando ao falso espírito como desejaria que fosse essa entrega. Então foi dito: "Hoje ao meio da noite, uma fogueira deverá ser acesa ao centro desse acampamento. Nessa fogueira deverá estar a mulher Cigana que me trouxe da escuridão.
Ela deverá ser queimada viva." Com gestos teatrais, a Cigana Ambiciosa simula um desmaio, que deixa todos em sua volta atônitos, e decididos a fazer o que foi mandado pelo falso espírito. A noite chega, a fogueira e montada, Rosa é trazida para o centro do acampamento. Ela é amarrada em um tronco no centro onde será acesa a fogueira.
Seus olhos lacrimejam, mas ela não se desespera, apenas aguarda a decisão do conselho de acender as chamas. Ao longe a Cigana ambiciosa observa tudo. As chamas deverão ser acesas pelo Chefe dos Ciganos, que se aproxima com uma tocha nas mãos.
No instante em que as chamas começam a ser acesas, o céu que antes estava estrelado e com o brilho da Lua cheia, fica completamente negro. Nuvens escuras se formam rapidamente sobre o acampamento, e nas primeiras chamas incandescentes que brotam ao redor da Cigana Rosa, o céu desmorona em uma tempestade imensa destruindo até a última brasa acesa. O Chefe Cigano virando-se para o conselho, diz que é um aviso dos deuses, que não é para seguir com o sacrifício da Cigana.
E nesse momento ordenou que a soltassem das amarras. Ao ver Rosa solta, a Cigana ambiciosa corre em sua direção com um punhal na mão, para atacá-la.
Ficando de frente a frente com Rosa, a Cigana a olha com ódio nos olhos, dizendo-lhe que ela poderia ter escapado da fogueira, mas não escaparia da morte, e que ela teria o prazer de lhe matar na frente de todos.
Dizendo isso, a Cigana ambiciosa ergueu o punhal em forma de ataque, olhou profundamente nos olhos de Rosa, que estava serena, sem demonstrar nenhuma reação, a não ser segurar fortemente uma medalha com a imagem de Santa Sara Kali que ela trazia nas mãos.
A Cigana que empunhava o punhal de aço, fez menção de atacar a Cigana Rosa, mas nesse ataque uma força invisível levou sua mão juntamente com o punhal ao próprio coração, lhe deferindo um golpe certeiro, fazendo assim que ela mesmo tirasse a própria vida. Rosa apenas olhava.
O corpo da Cigana ambiciosa foi caindo com o punhal cravado em seu coração.
Todo povo Cigano em volta de toda a cena, ficaram atônitos com tudo, observando o corpo inerte da Cigana que desejava estar no lugar que não era de seu merecimento, que desejava ser a Cigana que ela jamais seria. Rosa voltou a ser a Cigana dona dos sete segredos ciganos.
Ficou em seu clã até seu desencarne muitos e muitos anos depois.
Depois desse acontecimento, os Ciganos desse clã entenderam que algumas tradições ciganas deveriam virar apenas lendas, pois o maior perigo dentro de um povo não é o medo daquilo que não se conhece, e sim a precaução daquilo que sabemos que existe, como inveja, ambição e ódio.
Rosa após esse fato se tornou muito mais respeitada do que já era.
E dentre muitos povos Ciganos, ela foi a única mulher a entrar em um conselho, e todos os homes respeitavam o que era dito por ela. Hoje ela é uma Entidade bela trabalhadora da Umbanda.
Sendo respeitada pelas suas lições de caridade, coragem e fé.
quinta-feira, 27 de julho de 2017
A ORIGEM DO POVO CIGANO
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A mais importante fonte de referência, é a narrativa escrita, encontrada em papéis (pergaminhos, papiros, folhas de papel de arroz), documentos, livros, poemas, mapas, inscrições em lugares santos, ou outros locais de devoção considerados sagrados, onde são encontradas marcas de rituais e altares de oferendas aos deuses.
Como o Povo Cigano, não tem até os dias atuais, uma linguagem escrita, fica quase impossível definir sua verdadeira origem. Portanto, tudo o que se disser sobre a origem do Povo Cigano, será baseado em conjecturas, similaridades ou suposições.
A hipótese mais aceita é que o Povo Cigano teve seu berço na civilização da Índia antiga, num tempo que também se supõe, como muito antigo, talvez dois ou três milênios antes de Cristo. Compara-se o sânscrito, que era escrito e falado na Índia (um dos mais antigos idiomas do mundo), com o idioma falado pelos ciganos e encontraram um sem-número de palavras com o mesmo significado.
Outros pontos também colaboram para que esta hipótese seja reforçada, como a tez morena comum aos hindus e ciganos, o gosto por roupas vistosas e coloridas, e princípios religiosos como a crença na reencarnação e na existência de um Deus Pai e Absoluto.
Tanto para os hindus como para os ciganos, a religiosidade é muito forte e norteia muito de seu comportamento, impondo normas e fundamentos importantes, que devem ser respeitados e obedecidos.
Um dos fatores que me chamaram a atenção para essa possível origem do povo cigano e que também reforçou minha conclusão foi o fato de quando viajei pela India, mais precisamente em algumas aldeias do interior do Rajasthan, observei a aparência, costumes e danças nos lugares que passei. Pude perceber a similaridade no modo de se vertir, os trejeitos da dança, os costumes e até mesmo sua aparência física original. Algumas pessoas chegam até a confundí-los com os ciganos.
COSTUMES E TRADIÇÕES DO POVO CIGANO
OS PRECONCEITOS
Os ciganos não se esforçam por quebrar as barreiras que os separam dos demais povos, talvez por saberem que se abrirem os limites de seus acampamentos aos gadjês, ou não-ciganos, a mescla dos povos será inevitável, as tradições perderão sua pureza, os costumes, os hábitos, os princípios e os valores serão de tal maneira modificados, que paulatinamente acabariam por destruir e matar o povo cigano.
Cito aqui alguns casos das consequências do que o preconceito fez esse povo sofrer:
A Igreja os condenava por práticas ligadas ao sobrenatural, como a leitura das mãos e a cartomancia, a discriminação e o preconceito, que até hoje perseguem este povo, devido aos hábitos diferentes de vida, sobrevivendo sempre à margem da sociedade.
Na Sérvia e na Romênia foram escravos e presos, sendo caçados com muita crueldade, além de sofrerem bárbaros tratamentos. A presença de bandos de ex-militares e mendigos entre os ciganos contribuiu para piorar sua imagem.
Outras lendas contam que foram os ciganos os fabricantes dos pregos que serviram para crucificar Jesus. Por isso, o clima de grande preconceito se revela nas manifestações que diziam ser os ciganos descendentes de Caim e, portanto, malditos.
Por conta disso, matanças, torturas e deportações foram praticadas em vários países, principalmente com a consolidação dos estados nacionais, principalmente na Europa, como a Alemanha nazista, na década de 30.
Na época do nazismo, muitos ciganos foram levados aos campos de concentração e exterminados. Calcula-se que meio milhão de ciganos tenha sido eliminado durante o regime nazista.
Atualmente esse povo tão sofrido e, ao mesmo tempo tão alegre, se encontra espalhado por todo o mundo, desde a India, África, regiões asiáticas, Europa, América Latina, incluindo o Brasil, onde alguns grupos conservam as populações seminômades, conhecidas por "Ciganos que permaneceram na Pátria" são os Lambadi ou Banjara. Essa raça tão mística sobrevive hoje de artesanato, comércio de tapetes, especiarias e arte difundida em metal. São regadas a festa, música e várias superstições.
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O IDIOMA
Uma das maneiras de os ciganos se manterem unidos, vivos, com suas tradições preservadas é o idioma universalmente falado por eles, o romani ou rumanez, que é uma linguagem própria e exclusiva.
“É expressamente proibido ensinar o romani para os não-cigano; e os ciganos fieis às tradições, que prezam sua origem, seus irmãos de raça, que são verdadeiros ciganos, sabem disto.
Portanto, quando alguém que se diz cigano quiser ensinar o romani, geralmente às custas de dinheiro, ou então passar segredos e as íntimas particularidades da vida cigana é bom ter cuidado, pois com certeza, ele ou ela não é um autêntico cigano, obediente aos preceitos e princípios de seu povo. Ele poderá ser até cigano de origem, mas não será mais um cigano de alma e coração capaz de manter a honradez de seus antepassados e contemporâneos autênticos.”
Dicionário Cigano? Pode ser que um dia estas pessoas de vida tão reservada quanto às suas peculiaridades desistam desse estilo de ser e estar, abram as fronteiras de seus acampamentos e aceitem sem reservas a miscigenação. Então surgirão dicionários ciganos. Contudo, será que ainda existirão ciganos?
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A TRANSMISSÃO ORAL DOS ENSINAMENTOS
O romani é uma língua ágrafa, ou seja, uma língua ou idioma sem forma escrita. Portanto, para sua perpetuação o romani conta somente com a transmissão oral de uma geração para outra, de pai para filho. Não existem livros ensinando uma linguagem, que não tem sequer uma apresentação gráfica definida, pois se os ciganos tivessem se originado na Índia teríamos os caracteres sânscritos, mas como encontramos ciganos em quase todas as partes do mundo, o romani poderia ter os caracteres da escrita russa, ou egípcia, latina, grega, árabe ou outra qualquer.
Assim como o idioma, todos os demais ensinamentos e conhecimentos da cultura e tradição ciganas dependem exclusivamente da transmissão oral. Os mais velhos ensinam aos mais jovens e às crianças os conhecimentos do passado, o pensamento e a maneira de viver herdados dos ancestrais.
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OS CIGANOS E AS PROFISSÕES
Junto com a modernidade, o aumento progressivo das cidades, os ciganos foram ficando cada vez mais limitados em suas andanças, tornando-se mais sedentários ou passando a morar mais tempo no mesmo lugar.
Assim as profissões mais freqüentes são as do comércio e as ligadas às artes, principalmente à musica. Cantores, compositores, músicos, dançarinos, surgem com suas melodias, passos marcantes de dança, como a flamenca da Espanha, trazendo alegria e energia contagiantes para os recintos onde se apresentam.
Ao longo do tempo fizeram e ainda fazem parte de troupes circenses, uma vez que o mundo do circo sempre mudando de lugar, combina perfeitamente com o pensamento e sentimento ciganos.
A leitura de cartas e das mãos pelas mulheres ciganas também rende dinheiro, porém essa atividade não é considerada uma atividade profissional, mas um ato de devoção à fé cigana.
O povo cigano é um povo honesto, que vive procurando manter sua dignidade e honradez, não sendo procedente a reputação de ladrões que lhes é imputada.
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O CRIS-ROMANI
Para os ciganos a liberdade e a interação com a natureza constituem bens do mais alto valor e estima, o que os motiva a obedecerem à um código de ética e moral até rigoroso.
Nada mais enganoso que julgá-los estroinas, devassos, desregrados ou amorais. Seu amor pela família e pelo grupo, sua consciência que é o seu reto proceder - talvez a única forma de preservar e perpetuar suas origens e o próprio povo.
São obedientes às leis universais, como não roubar e não matar. Quando um cigano ou uma cigana infringe as leis é convocado o Tribunal de Justiça ou o Cris-romani, formado por ciganos idosos ou pelos mais velhos do grupo, que julgam os infratores, procurando exercer seu papel com o mais alto sentido de responsabilidade e respeito.
O Cris-romani é falado totalmente em romani, e nele somente os homens podem se manifestar. No caso de o infrator ser uma mulher, um homem fala por ela fazendo seus apelos e oferecendo suas explicações ou justificativas.
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TRIBOS OU CLÃS?
Os Ciganos não gostam e não aceitam a palavra tribo para denominar seus grupos, pois não possuem chefes equivalentes aos caciques das tribos indígenas, nas mãos de quem está o poder.
“Os ciganos também não possuem pajés ou curandeiros, ou ainda um feiticeiro em particular, pois cada cigano e cigana tem seus talentos para a magia, possui dons místicos, sendo portanto um feiticeiro em si mesmo. Todo povo cigano se considera portador de virtudes doadas por Deus como patrimônio de berço, cabendo à cada um desenvolver e aprimorar seus dons divinos da melhor e mais adequada maneira.
Existem autores que citam que cada grupo cigano tem seu feiticeiro particular denominado kakú, porém esta palavra no idioma romani significa apenas tio, não tendo qualquer credibilidade esta afirmação.
Os ciganos preferem e acham mais correto o termo clã para denominar seus grupos.
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A FAMÍLIA
Os ciganos não se esforçam por quebrar as barreiras que os separam dos demais povos, talvez por saberem que se abrirem os limites de seus acampamentos aos gadjês, ou não-ciganos, a mescla dos povos será inevitável, as tradições perderão sua pureza, os costumes, os hábitos, os princípios e os valores serão de tal maneira modificados, que paulatinamente acabariam por destruir e matar o povo cigano.
Cito aqui alguns casos das consequências do que o preconceito fez esse povo sofrer:
A Igreja os condenava por práticas ligadas ao sobrenatural, como a leitura das mãos e a cartomancia, a discriminação e o preconceito, que até hoje perseguem este povo, devido aos hábitos diferentes de vida, sobrevivendo sempre à margem da sociedade.
Na Sérvia e na Romênia foram escravos e presos, sendo caçados com muita crueldade, além de sofrerem bárbaros tratamentos. A presença de bandos de ex-militares e mendigos entre os ciganos contribuiu para piorar sua imagem.
Outras lendas contam que foram os ciganos os fabricantes dos pregos que serviram para crucificar Jesus. Por isso, o clima de grande preconceito se revela nas manifestações que diziam ser os ciganos descendentes de Caim e, portanto, malditos.
Por conta disso, matanças, torturas e deportações foram praticadas em vários países, principalmente com a consolidação dos estados nacionais, principalmente na Europa, como a Alemanha nazista, na década de 30.
Na época do nazismo, muitos ciganos foram levados aos campos de concentração e exterminados. Calcula-se que meio milhão de ciganos tenha sido eliminado durante o regime nazista.
Atualmente esse povo tão sofrido e, ao mesmo tempo tão alegre, se encontra espalhado por todo o mundo, desde a India, África, regiões asiáticas, Europa, América Latina, incluindo o Brasil, onde alguns grupos conservam as populações seminômades, conhecidas por "Ciganos que permaneceram na Pátria" são os Lambadi ou Banjara. Essa raça tão mística sobrevive hoje de artesanato, comércio de tapetes, especiarias e arte difundida em metal. São regadas a festa, música e várias superstições.
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O IDIOMA
Uma das maneiras de os ciganos se manterem unidos, vivos, com suas tradições preservadas é o idioma universalmente falado por eles, o romani ou rumanez, que é uma linguagem própria e exclusiva.
“É expressamente proibido ensinar o romani para os não-cigano; e os ciganos fieis às tradições, que prezam sua origem, seus irmãos de raça, que são verdadeiros ciganos, sabem disto.
Portanto, quando alguém que se diz cigano quiser ensinar o romani, geralmente às custas de dinheiro, ou então passar segredos e as íntimas particularidades da vida cigana é bom ter cuidado, pois com certeza, ele ou ela não é um autêntico cigano, obediente aos preceitos e princípios de seu povo. Ele poderá ser até cigano de origem, mas não será mais um cigano de alma e coração capaz de manter a honradez de seus antepassados e contemporâneos autênticos.”
Dicionário Cigano? Pode ser que um dia estas pessoas de vida tão reservada quanto às suas peculiaridades desistam desse estilo de ser e estar, abram as fronteiras de seus acampamentos e aceitem sem reservas a miscigenação. Então surgirão dicionários ciganos. Contudo, será que ainda existirão ciganos?
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A TRANSMISSÃO ORAL DOS ENSINAMENTOS
O romani é uma língua ágrafa, ou seja, uma língua ou idioma sem forma escrita. Portanto, para sua perpetuação o romani conta somente com a transmissão oral de uma geração para outra, de pai para filho. Não existem livros ensinando uma linguagem, que não tem sequer uma apresentação gráfica definida, pois se os ciganos tivessem se originado na Índia teríamos os caracteres sânscritos, mas como encontramos ciganos em quase todas as partes do mundo, o romani poderia ter os caracteres da escrita russa, ou egípcia, latina, grega, árabe ou outra qualquer.
Assim como o idioma, todos os demais ensinamentos e conhecimentos da cultura e tradição ciganas dependem exclusivamente da transmissão oral. Os mais velhos ensinam aos mais jovens e às crianças os conhecimentos do passado, o pensamento e a maneira de viver herdados dos ancestrais.
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OS CIGANOS E AS PROFISSÕES
Junto com a modernidade, o aumento progressivo das cidades, os ciganos foram ficando cada vez mais limitados em suas andanças, tornando-se mais sedentários ou passando a morar mais tempo no mesmo lugar.
Assim as profissões mais freqüentes são as do comércio e as ligadas às artes, principalmente à musica. Cantores, compositores, músicos, dançarinos, surgem com suas melodias, passos marcantes de dança, como a flamenca da Espanha, trazendo alegria e energia contagiantes para os recintos onde se apresentam.
Ao longo do tempo fizeram e ainda fazem parte de troupes circenses, uma vez que o mundo do circo sempre mudando de lugar, combina perfeitamente com o pensamento e sentimento ciganos.
A leitura de cartas e das mãos pelas mulheres ciganas também rende dinheiro, porém essa atividade não é considerada uma atividade profissional, mas um ato de devoção à fé cigana.
O povo cigano é um povo honesto, que vive procurando manter sua dignidade e honradez, não sendo procedente a reputação de ladrões que lhes é imputada.
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O CRIS-ROMANI
Para os ciganos a liberdade e a interação com a natureza constituem bens do mais alto valor e estima, o que os motiva a obedecerem à um código de ética e moral até rigoroso.
Nada mais enganoso que julgá-los estroinas, devassos, desregrados ou amorais. Seu amor pela família e pelo grupo, sua consciência que é o seu reto proceder - talvez a única forma de preservar e perpetuar suas origens e o próprio povo.
São obedientes às leis universais, como não roubar e não matar. Quando um cigano ou uma cigana infringe as leis é convocado o Tribunal de Justiça ou o Cris-romani, formado por ciganos idosos ou pelos mais velhos do grupo, que julgam os infratores, procurando exercer seu papel com o mais alto sentido de responsabilidade e respeito.
O Cris-romani é falado totalmente em romani, e nele somente os homens podem se manifestar. No caso de o infrator ser uma mulher, um homem fala por ela fazendo seus apelos e oferecendo suas explicações ou justificativas.
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TRIBOS OU CLÃS?
Os Ciganos não gostam e não aceitam a palavra tribo para denominar seus grupos, pois não possuem chefes equivalentes aos caciques das tribos indígenas, nas mãos de quem está o poder.
“Os ciganos também não possuem pajés ou curandeiros, ou ainda um feiticeiro em particular, pois cada cigano e cigana tem seus talentos para a magia, possui dons místicos, sendo portanto um feiticeiro em si mesmo. Todo povo cigano se considera portador de virtudes doadas por Deus como patrimônio de berço, cabendo à cada um desenvolver e aprimorar seus dons divinos da melhor e mais adequada maneira.
Existem autores que citam que cada grupo cigano tem seu feiticeiro particular denominado kakú, porém esta palavra no idioma romani significa apenas tio, não tendo qualquer credibilidade esta afirmação.
Os ciganos preferem e acham mais correto o termo clã para denominar seus grupos.
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A FAMÍLIA

O comando da família é exercido de maneira completa e responsável pelo
homem. Ele é o líder e à ele competem a proteção, a segurança e o
sustento da família. A mulher e os filhos o respeitam como máxima
autoridade e lhe são inteiramente subordinados.
São os homens que resolvem as pendências, acertam o casamento dos filhos, decidem o destino da viagem e se reúnem em conselhos sobre assuntos abrangentes e comuns ao Clã.
As mulheres ciganas não trabalham fora do lar e quando vão às ruas para ler a sorte, esta tarefa é entendida como um cumprimento de tradições e não como parte do sustento da família, apesar de elas entregarem aos maridos todo o dinheiro conseguido.
Os ciganos formam casais legítimos unidos pelos laços do matrimônio, não fazendo pare de seus costumes viverem amasiados ou aceitarem o concubinato. Vivem juntos geralmente até a morte e raramente ocorrem entre eles separações ou divórcios, que somente acontecem se existir uma razão muitíssimo grave e com decisão do Tribunal reunido para julgar a questão.
Os pares ciganos, marido e mulher, são muito reservados e discretos em público, não trocando nenhum tipo de carinho que possa ser entendido como intimidade, que é vivida somente em absoluta privacidade.
Enquanto o homem representa o esteio e o braço forte da família, a mulher significa o lado terno e de proteção espiritual dos lares ciganos.
Cabe às mulheres cuidarem das tarefas do lar e as meninas ficam sempre ao redor da mãe, auxiliando nos trabalhos da casa, ajudando a cuidar dos irmãos menores e aprendendo as tradições e costumes como a execução da dança, a leitura das cartas e das mãos, a realização dos rituais e cerimônias, os preceitos religiosos.
Se uma criança ou jovem cigano sai dos eixos, tem um comportamento inadequado ou procede mal, geralmente mulher é responsabilizada por tais feitos.
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OS REPRESENTANTES DA SABEDORIA
Talvez em todo o clã cigano, sejam os idosos os merecedores da mais alta estima e respeito. Eles são vistos e tratados como os detentores da sabedoria, da experiência de vida acumulada e seus conselhos são ouvidos pelos jovens e pelos adultos como sendo a voz do conhecimento aprendido na prática da vida do dia-a-dia.
Responsáveis pela transmissão oral dos ensinamentos e tradições, eles são considerados como sábios, o passado vivo e manda a tradição que os mais jovens lhes beijem as mãos em sinal de respeito. Possuem lugar de destaque nas festividades e cerimônias, atuando também como conselheiros e consultores nos tribunais de justiça.
Eles são cuidados com desvelo e tratados com toda a dignidade pelos demais. Esta forma de tratamento faz com que se mantenham lúcidos até o final de suas vidas, pois nada é mais doentio para uma pessoa idosa de qualquer sociedade do que ser tratada como resto, uma pessoa inútil e sem valor, um fardo ser carregado pelos mais jovens.
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São os homens que resolvem as pendências, acertam o casamento dos filhos, decidem o destino da viagem e se reúnem em conselhos sobre assuntos abrangentes e comuns ao Clã.
As mulheres ciganas não trabalham fora do lar e quando vão às ruas para ler a sorte, esta tarefa é entendida como um cumprimento de tradições e não como parte do sustento da família, apesar de elas entregarem aos maridos todo o dinheiro conseguido.
Os ciganos formam casais legítimos unidos pelos laços do matrimônio, não fazendo pare de seus costumes viverem amasiados ou aceitarem o concubinato. Vivem juntos geralmente até a morte e raramente ocorrem entre eles separações ou divórcios, que somente acontecem se existir uma razão muitíssimo grave e com decisão do Tribunal reunido para julgar a questão.
Os pares ciganos, marido e mulher, são muito reservados e discretos em público, não trocando nenhum tipo de carinho que possa ser entendido como intimidade, que é vivida somente em absoluta privacidade.
Enquanto o homem representa o esteio e o braço forte da família, a mulher significa o lado terno e de proteção espiritual dos lares ciganos.
Cabe às mulheres cuidarem das tarefas do lar e as meninas ficam sempre ao redor da mãe, auxiliando nos trabalhos da casa, ajudando a cuidar dos irmãos menores e aprendendo as tradições e costumes como a execução da dança, a leitura das cartas e das mãos, a realização dos rituais e cerimônias, os preceitos religiosos.
Se uma criança ou jovem cigano sai dos eixos, tem um comportamento inadequado ou procede mal, geralmente mulher é responsabilizada por tais feitos.
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OS REPRESENTANTES DA SABEDORIA
Talvez em todo o clã cigano, sejam os idosos os merecedores da mais alta estima e respeito. Eles são vistos e tratados como os detentores da sabedoria, da experiência de vida acumulada e seus conselhos são ouvidos pelos jovens e pelos adultos como sendo a voz do conhecimento aprendido na prática da vida do dia-a-dia.
Responsáveis pela transmissão oral dos ensinamentos e tradições, eles são considerados como sábios, o passado vivo e manda a tradição que os mais jovens lhes beijem as mãos em sinal de respeito. Possuem lugar de destaque nas festividades e cerimônias, atuando também como conselheiros e consultores nos tribunais de justiça.
Eles são cuidados com desvelo e tratados com toda a dignidade pelos demais. Esta forma de tratamento faz com que se mantenham lúcidos até o final de suas vidas, pois nada é mais doentio para uma pessoa idosa de qualquer sociedade do que ser tratada como resto, uma pessoa inútil e sem valor, um fardo ser carregado pelos mais jovens.
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NASCIMENTO
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O nascimento de uma criança na família é um evento muito especial. Uma criança nova confirma a continuação da linha familiar e acrescenta respeito a esta. Apesar de famílias grandes ser comum entre os Rom, nem todos os Roma possuem famílias grandes. O anuncio da vinda de uma criança requer certos costumes a serem observados para a introdução de um bebê saudável na família.
Regras rígidas começam a ser observadas no momento da gravidez antes do nascimento em si de uma criança Rom. A maioria dessas regras são baseadas na crença de que a mulher é marimé, ou impura, durante a gravidez e por um período depois do nascimento da criança até o seu batismo. Quando uma mulher se certifica de que está grávida, ela conta ao seu marido e às outras mulheres na comunidade.
A gravidez assinala uma mudança
em seu status no grupo. A gravidez significa que a mulher é "impura" e
deve ficar isolada o tanto quanto possível de toda a comunidade. Ela se
relaciona somente com as outras mulheres na comunidade. Apesar dela
continuar vivendo em casa, seu marido pode passar somente poucos
períodos de tempo com ela durante a gravidez. Normalmente ele assume as
tarefas domésticas quando ela não é mais capaz de fazê-las.
A partir do nascimento, um Rom está sujeito 'a leis e costumes desenvolvidos por séculos e expressados pela Romaniya. Enquanto a severidade de muitas das leis tradicionais vai diminuindo com o tempo, traços delas ainda permanecem. Estas leis variam de tribo para tribo e de país para país. A vida dos Rom é uma vida dura, de constante exposição e perambulação de lugar para lugar. Por estas razões, a severidade tem sido essencial para sua sobrevivência, e rituais severos podem ser observados no momento do nascimento.
Tradicionalmente, o nascimento não pode acontecer na casa da família, seja uma tenda ou um vagão; porque se tornaria "impura". Por causa disto, um número cada vez maior de mulheres Roma preferem deixar o acampamento e suas casas para dar a luz em um hospital, apesar de seus desdém pelo jeito não-Rom de vida.
A partir do nascimento, um Rom está sujeito 'a leis e costumes desenvolvidos por séculos e expressados pela Romaniya. Enquanto a severidade de muitas das leis tradicionais vai diminuindo com o tempo, traços delas ainda permanecem. Estas leis variam de tribo para tribo e de país para país. A vida dos Rom é uma vida dura, de constante exposição e perambulação de lugar para lugar. Por estas razões, a severidade tem sido essencial para sua sobrevivência, e rituais severos podem ser observados no momento do nascimento.
Tradicionalmente, o nascimento não pode acontecer na casa da família, seja uma tenda ou um vagão; porque se tornaria "impura". Por causa disto, um número cada vez maior de mulheres Roma preferem deixar o acampamento e suas casas para dar a luz em um hospital, apesar de seus desdém pelo jeito não-Rom de vida.
Não é porque elas pensem que irão
receber um tratamento melhor, e sim porque desse jeito elas não irão
manchar as suas casas. É permitido dar uma assitência ao parto se este
acontece fora de um hospital, indicado por uma parteira, ou
possivelmente por alguma outra mulher que tenha a experiência da
maternidade.
Existem uma variedade de rituais que devem preceder o nascimento. Um ritual em algumas tribos envolve o desatar de certos nós para que o cordão umbilical não corra risco de ter um nó. Algumas vezes todos os nós nas roupas da gestante são desfeitos ou cortados. Outras vezes, o cabelo da gestante será solto se estiver preso com um pino ou amarrado com uma fita.
Existem uma variedade de rituais que devem preceder o nascimento. Um ritual em algumas tribos envolve o desatar de certos nós para que o cordão umbilical não corra risco de ter um nó. Algumas vezes todos os nós nas roupas da gestante são desfeitos ou cortados. Outras vezes, o cabelo da gestante será solto se estiver preso com um pino ou amarrado com uma fita.
À nova mãe é permitido
que toque somente objetos essenciais durante os meses de quarentena. Os
objetos que ela toca, tais como utensílios para cozinhar e para comer ou
lençois, se tornam impuros e mais tarde eles são destruídos. Apesar de
tudo isto terminar com o batismo do bebê, algumas tribos são
excessivamente cautelosas. Para estas tribos, ainda levam de dois a três
meses até que a nova mãe possa se aproximar de seu marido ou retomar
suas tarefas domesticas sem o uso de luvas.
Outros rituais simbólicos envolve o reconhecimento formal do rebento por seu pai. Em algumas tribos Roma, a criança é embrulhada em faixas onde tem algumas gotas do sangue paterno. Em outros casos, a criança é coberta com uma peça de roupa que pertança ao pai. É tradicional em outras tribos a mãe colocar o bebê no chão. O pai a apanha e coloca uma tira vermelha em torno de seu pescoço, reconhecendo assim que a criança é sua.
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Em algumas tribos a mãe não pode ser vista por homem algum, exceto o marido, até o dia do batismo. O marido enfrenta restrições também. Ele fica proibido de sair entre o por do sol e o nascer do sol para ficar longe de espíritos malígnos, chamados tsinivari, que podem atacar a criança durante a noite. Estes espíritos malígnos atacam a mão também. E somente outras mulheres, e nunca o marido ou outros homens, podem proteger a mãe por causa de sua condição marimé.
O batismo acontece algumas semanas ou alguns meses depois do nascimento, mas é mais comum entre duas a três semanas. Durante este período a mãe e a criança são isoladas da comunidade. Antes do batismo o nome da criança não pode ser pronunciado, ela não pode ser fotografada e em alguns casos o rosto da criança não pode ser mostrado em público.
Outros rituais simbólicos envolve o reconhecimento formal do rebento por seu pai. Em algumas tribos Roma, a criança é embrulhada em faixas onde tem algumas gotas do sangue paterno. Em outros casos, a criança é coberta com uma peça de roupa que pertança ao pai. É tradicional em outras tribos a mãe colocar o bebê no chão. O pai a apanha e coloca uma tira vermelha em torno de seu pescoço, reconhecendo assim que a criança é sua.
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Em algumas tribos a mãe não pode ser vista por homem algum, exceto o marido, até o dia do batismo. O marido enfrenta restrições também. Ele fica proibido de sair entre o por do sol e o nascer do sol para ficar longe de espíritos malígnos, chamados tsinivari, que podem atacar a criança durante a noite. Estes espíritos malígnos atacam a mão também. E somente outras mulheres, e nunca o marido ou outros homens, podem proteger a mãe por causa de sua condição marimé.
O batismo acontece algumas semanas ou alguns meses depois do nascimento, mas é mais comum entre duas a três semanas. Durante este período a mãe e a criança são isoladas da comunidade. Antes do batismo o nome da criança não pode ser pronunciado, ela não pode ser fotografada e em alguns casos o rosto da criança não pode ser mostrado em público.
Este
período não termina até o batismo quando as impurezas são lavadas pela
imersão na água. Esta é a prática mais freqüente de lavar a criança em
água correte, um ato separado de qualquer batismo subseqüente. Depois de
lavá-la, a criança é massageada com óleo para fortalecê-la. Em alguns
casos, amuletos ou talismãs são usados para proteger o bebê de espíritos
malígnos.
Depois da purificação pela água, o bebê formalmente se torna um ser humano e pode então ser chamado pelo nome. Este nome, estretanto, é apenas um dos três que a criança levará por toda a sua vida:
Depois da purificação pela água, o bebê formalmente se torna um ser humano e pode então ser chamado pelo nome. Este nome, estretanto, é apenas um dos três que a criança levará por toda a sua vida:
- O primeiro nome dado permanece um
segredo para sempre. A Tradição entende que este nome é sussurrado pela
mãe, a única que sabe na hora do nascimento e este nunca é usado. O
propósito deste nome secreto é para confundir os espíritos sobrenaturais
e afastar a verdadeira identidade deles.
- O segundo nome é um nome Roma, aquele usado entre ele, os Rom. Este é conferido informalmente e usado somente entre eles.
-
O terceiro nome é dado em um segundo batismo e ocorre de acordo com a
religião dominante do país onde a criança nasceu. Este tem pouca
importancia para os Roma e é somente uma necessidade prática para ser
usado quando em contato com os não-Rom.
Os pais Rom são considerado extremamente permissivos na criação de seus filhos, de acordo com os padrões não-Roma. Isto não significa que os anos que se segue sejam fáceis. O rigor e as dificuldades na existência dos Roma tornam as crianças fortes. A criança possui um lugar especial no seio da família, adorado e guardado por seus pais.
Os pais Rom são considerado extremamente permissivos na criação de seus filhos, de acordo com os padrões não-Roma. Isto não significa que os anos que se segue sejam fáceis. O rigor e as dificuldades na existência dos Roma tornam as crianças fortes. A criança possui um lugar especial no seio da família, adorado e guardado por seus pais.
É
responsabilidade de todos na família ajudar a cuidar da criança. Ele ou
ela aprende e realiza suas habilidades de seus pais, primeiro como um
processo de imitação e finalmente ajudando os seus pais no que for
preciso. Muito também é aprendido na observação da comunidade de jeito
Rom de viver.

O RITUAL DO NASCIMENTO
Toda
a criança é bem-vinda entre os ciganos. A preferência é dos filhos
homens, para dar continuidade ao nome da família. Após o parto a mulher
cigana é considerada impura durante os 40 dias de resguardo. Logo que
nasce uma criança, o mais velho do clã prepara um pão e um vinho para
oferecer às três "fadas do destino", que visitarão a criança no terceiro
dia para designar sua sorte. No dia seguinte, o pão e o vinho serão
repartidos com os demais do grupo, principalmente as outras crianças,
para atrair proteção e prosperidade. Para espantar os maus espíritos, a
criança recebe um patuá com uma cruz bordada e com incenso. O batismo é
feito por qualquer membro do grupo e consiste em benzer o recém-nascido
com água, sal e um galho verde.
CASAMENTO
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Desde meninas, as mulheres deste povo são prometidas e se comprometem em noivado com primos ou ciganos de outros grupos que desejam unir-se em famílias, às vezes, por interesses comerciais. Os pais dos noivos são quem normalmente decidem esses acertos, que decidem unir suas famílias.
No
casamento tende-se a escolher o cônjuge dentro do próprio grupo ou
subgrupo, com notáveis vantagens econômicas. Um cigano pode casar-se com
uma gadjí, isto é, uma mulher não cigana, a qual deverá porém
submeter-se às regras e às tradições ciganas.
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A
importância do dote é fundamental especialmente para os Rom; no grupo
dos Sintos se tende a realizar o casamento através da fuga e consequente
regularização. Aos filhos é dada uma grande liberdade, mesmo porque
logo deverão contribuir com o sustento da família e com o cuidado dos
menores.
O casamento é uma das tradições
mais preservadas entre os ciganos, representa a continuidade da raça,
por isso o casamento com os não ciganos não é permitido em hipótese
alguma. Quando isso acontece a pessoa é excluída do grupo.
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É
pelo casamento que os ciganos entram no mundo dos adultos. Os noivos
não podem ter nenhum tipo de intimidade antes do casamento.
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Quando
o casamento acontece, durante três dias e três noites, os noivos ficam
separados dando atenção aos convidados, somente na terceira noite é que
podem ficar pela primeira vez a sós.
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Mesmo
assim, a grande maioria dos ciganos, ainda exige a virgindade da noiva.
A noiva deve comprovar a virgindade através da mancha de sangue do
lençol que é mostrada a todos no dia seguinte.
.
Caso
a noiva não seja virgem, ela pode ser devolvida para os pais e esses
terão que pagar uma indemnização para os pais do noivo.
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No
caso da noiva ser virgem, na manhã seguinte do casamento ela se veste
com uma roupa tradicional colorida e um lenço na cabeça, simbolizando
que é uma mulher casada. .jpg)
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Durante
a festa do casamento os convidados homens sentam ao redor de uma mesa,
no chão. E, com um pão grande e sem miolo, recebem os presentes dos
noivos, em dinheiro ou ouro, ao mesmo tempo em que abençoam o casal. As
mulheres recebem lenços e flores.
.
Estes são colocados dentro do pão ao mesmo tempo em que os noivos são abençoados. Em troca recebem lenços e flores artificiais para as mulheres. Geralmente a noiva é paga aos pais em moedas de ouro, a quantidade é definida pelo pai da noiva.
MORTE
No
que se refere à morte, o luto pelo desaparecimento de um companheiro
dura em geral muito tempo. Junto aos Sintos parece prevalecer o costume
de queimar-se a kampína (o trailer) e os objectos pertencentes ao
defunto.
Os ciganos acreditam na vida após a morte e
seguem todos os rituais para aliviar a dor de seus antepassados que
partiram. Costumam colocar no caixão da pessoa morta uma moeda para que
ela possa pagar o canoeiro a travessia do grande rio que separa a vida
da morte.
Antigamente costumava-se enterrar as
pessoas com bens de maior valor, mas devido ao grande número de
violação de túmulos este costume teve que ser mudado.
Os
ciganos não encomendam missa para seus entes queridos, mas oferecem uma
cerimónia com água, flores, frutas e suas comidas predilectas, onde
esperam que a alma da pessoa falecida compartilhe a cerimónia e se
liberte gradativamente das coisas da Terra.
As
cerimónias fúnebres são chamadas "Pomana" e são feitas periodicamente
até completar um ano de morte. Os ciganos costumam fazer oferendas aos
seus antepassados também nos túmulos.
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RELIGIÃO
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Os ciganos não têm uma religião própria, não reconhecem um deus próprio, nem sacerdotes, nem cultos originais. Parece singular o fato de que um povo não tenha cultivado no decorrer dos séculos crenças particulares em mérito à divindade, nem mesmo formas primitivas de tipo antropomórfico ou totêmico.
O mundo do sobrenatural é constituído pela presença de uma força benéfica, Del ou Devél, e de uma força maléfica, Beng, contrapostas entre si numa espécie de zoroastrismo, provável resíduo de influências que esta crença teve sobre grupos que em época remota atravessaram a Pérsia.
Existem pois, nas crenças ciganas, uma série indefinida de entidades, presenças que se manifestam sobretudo à noite.
Quanto à religião, em geral os roma parecem ter-se adaptado no decorrer da história às confissões vigentes nos países que os hospedaram, mas sua adesão parece ser exterior e superficial, com maior atenção aos aspectos coreográficos das cerimônias, como procissões, peregrinações, próprias de uma religiosidade popular ainda largamente cultivada no âmbito católico.
Um sinal de mudança se dá pela difusão do movimento pentecostal, ocorrida a partir dos anos 50, através da Missão Evangélica Cigana, surgida na França.
Em seguida a isso, registram-se todavia profundas lacerações no interior de muitas famílias, devido às radicais mudanças de costume que tal adesão impõe e que encontram explicação na natureza fundamentalista do movimento religioso em questão.
Tais imposições muitas vezes acabam por induzir os roma a uma recusa de suas peculiaridades culturais, ainda que dependa muito da capacidade de crítica e de discernimento de cada indivíduo.
SANTA SARA KALI
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Kali é uma divindade conhecida no hinduísmo como uma grande deusa, a espansão da Deusa Mãe. Kali Maa é reverenciada com muita devoção pelo povo hindu. Ela é a Alma Mater, a Sombra da Morte, e uma deusa justa, que não faz distinção entre rico ou pobre, branco ou negro, brahmane ou dhalit. Sua pele é negra tal como Shiva, uma das pessoas do Maha Tatwa, a Trindade Divina Hindu (Brahma, Vishu e Shiva).

Para
os ciganos, Sara, santa venerada, possui a pele negra, daí ser
conhecida como Sara Kali, a negra. Ela distribui bênçãos ao povo,
patrocina a família, os acampamentos, os alimentos e também tem força
destruidora, aniquilando os poderes negativos e os malefícios que possam
assolar a nação cigana.
Alguns
estudiosos acham a tradução de Kali como a negra não correta,
escrevendo inclusive Kali com C (Cali) e não com K e preferem Sara, a
cigana, fato que de certa forma pode expressar o preconceito racial (a
verdadeira Santa Sara, tinha a pele negra), uma vez que no povo cigano
não há negros, ou sob outro ângulo, desconhecimento de todo o aparato
místico e do poder que envolve a deusa Kali dos indianos.

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Santa Sara Cali está presente em toda tenda cigana, com sua tradicional veste azul-ceu e o rosto negro.
A
lenda nos conta que os inimigos do Nazareno, que naquela época nao eram
poucos, condenaram por diversas artimanhas as três Marias - Maria
Madalena, Maria Jacobé (mãe de Tiago menor) e Maria salomé (mãe de São
João). elas deveriam ser lançadas ao mar, numa barca sem remos ou
provisões, acompanhadas tão somente de uma das escravas de José de
Arimatéia, Sara, a Cali (cali, em ramanishi, quer dizer "negra").
Esse
barco teria miraculosamente aportado numa praia próxima á foz do rio
Petitrhône, onde hoje se encontra a igreja de Saintes Marie de La Mer
(Santas Marias Vindas do Mar), um lugar de peregrinação e de culto não
só para os ciganos, mas para os franceses também. Esse culto não é para
as três Marias, e sim para Sara Cali, que foi quem converteu os ciganos
ao cristianismo.
Das Marias, a história não
guarda vestígios ou mesmo seus destinos, mas quanto a Sara, dizem que
ela foi cuidada pelo povo cigano e o ajudou a tornar-se muito unidos e a
desenvolver-se como povo e como cultura. Ensinando ao povo o respeito
ao próximo e à família, a união entre os irmãos, as maneiras como as
mulheres e os varões deveriam se comportar. Além de dar-lhes as boas
novas do Messias, o Cristo.
DANÇA CIGANA

Com a manioria dos povos nômades vivem livres, dormem vendo as estrêlas, acendem fogueira para se aqueceres e sua principal diversão é a música e a dança. O povo cigano não foge à regra, conservando essa antiga e alegre tradição.
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Os
ciganos acreditam que espíritos e entidades os acompanham no dia a dia.
Um artista tem que esperar que um ente se aposse dele e inspire-o para
que seja capaz de fazer a arte verdadeira. Este sentimento profundo
criou o "canto jondo" na Andaluzia, um canto de tristeza profunda, que
se contrasta com o "canto flamenco".
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O estilo de dança flamenca, com seus movimentos característicos de braços e de tronco, tem uma certa similaridade com a dança clássica persa, como também com a dança moderna da Ásia Central, enquanto que na dança moderna árabe, os movimentos são centrados na região do ventre e os braços se mantém na altura dos ombros. Na dança flamenca e persa, os movimentos são centrados na região do tórax e é usado o máximo de espaço acima da cabeça para executar os graciosos movimentos de braços e mão.

HORÓSCOPO CIGANO

Período: de 21 de março a 20 de abril
Signo Zodiacal: Áries
Signo Chinês: Dragão
Metal regente: Ferro
Perfume: Lavanda
Dia da Sorte: Terça-feira
PedraSsJaspe Verde e Esmeralda
Core: Verde
SIMBOLISMO- O Punhal é a imagem da luta e vontade de vencer. Representa honra, vitória e êxitos. Os ciganos também usavam o punhal para abrir matas, sendo então, símbolo de superação e pioneirismo. A pessoa sob esta influência é uma pessoa irrequieta, firme e dona de si mesma. Ousada, tem uma personalidade forte e odeia ser subestimada. Quando isso ocorre, torna-se agressiva. Ama demais, é fiel e adora sexo. Não é econômica, mas sabe controlar o dinheiro. Se sai bem em esportes, artes marciais e cargos de chefia e liderança. São pessoas plenas de energia, vitalidade, determinação e coragem. Capazes de superar os mais difíceis
obstáculos. São espontâneas e dinâmicas.
CIGANO PROTETOR - Wladimir do Oriente

Período: de 21 de abril a 20 de maio
Signo Zodiacal: Touro
Signo Chinês: Serpente
Metal regente: Cobre
Perfume: Rosa
Dia da Sorte: Sexta-feira
Pedras: Safira Azul e/ou Esmeralda
Cores: Verde claro e Rosa.
SIMBOLISMO- Relaciona-se ao ouro e a nobreza. É símbolo de amor puro,força,poder e elegância, o que torna a pessoa desse elemento valorizada e importante. A pessoa sob esta influência luta pelo que quer, pois a estabilidade financeira lhe é fundamental. Nasceu para administrar e querer ser dona de seu próprio trabalho. É fiel no amor, sensível e não suporta que brinquem com seus sentimentos. Gosta das artes e tem grande criatividade artística. Possuem enorme capacidade de amar, é romântica e emotiva. É objetiva e firme nas suas intensões; gos- tam de conforto.
CIGANO PROTETOR – Ramiro

3 - SIGNO DAS CANDEIAS
Período: de 21 de maio a 20 de junho.
Signo Zodiacal: Gêmeos
Signo Chinês: Cavalo
Metal regente: Níquel
Perfume: Floral
Dia da Sorte: Quarta-feira
Pedras: Topázio e/ou Magnetita
Cores: Amarelo e Ocre.
SIMBOLISMO- Representa as luzes e a verdade, portanto a sabedoria e a clareza de idéias. As candeias eram usadas para iluminar os acampamentos. Também simbolizam a esperteza e a vivacidade. A pessoa sob esta influência é comunicativa e tem uma inteligência brilhante, fazendo muitos amigos. Adora estudar e pesquisar, principalmente, o que se relaciona a ela mesma. É romântica e nunca desiste de uma conquista, mesmo que não se envolva por completo. Quando quer algo, consegue. São comunicativas e inquietos. Criam boas coisas. São habilidosos e com rapides de raciocínio. Não se prendem a nada.
CIGANO PROTETOR - Clarita.
Período: de 21 de maio a 20 de junho.
Signo Zodiacal: Gêmeos
Signo Chinês: Cavalo
Metal regente: Níquel
Perfume: Floral
Dia da Sorte: Quarta-feira
Pedras: Topázio e/ou Magnetita
Cores: Amarelo e Ocre.
SIMBOLISMO- Representa as luzes e a verdade, portanto a sabedoria e a clareza de idéias. As candeias eram usadas para iluminar os acampamentos. Também simbolizam a esperteza e a vivacidade. A pessoa sob esta influência é comunicativa e tem uma inteligência brilhante, fazendo muitos amigos. Adora estudar e pesquisar, principalmente, o que se relaciona a ela mesma. É romântica e nunca desiste de uma conquista, mesmo que não se envolva por completo. Quando quer algo, consegue. São comunicativas e inquietos. Criam boas coisas. São habilidosos e com rapides de raciocínio. Não se prendem a nada.
CIGANO PROTETOR - Clarita.

período: de 21 de junho a 21 de julho.
Signo Zodiacal: Câncer
Signo Chinês: Cabra
Metal regente: Prata
Perfume: Rosa
Dia da Sorte: Segunda-feira
Pedra: Esmeralda
Cores: Branco e Prateado.
SIMBOLISMO- Por representar o ir e vir e estar relacionada à Lua, pela sua forma arredondada, as pessoas regidas por esse signo tem urna forte ligação com as mulheres e gestantes em geral. A emoção é a palavra que traduz seu jeito. A Roda move sua vida na alegria e na tristeza. É dócil e tranqüila, mas, quando se irrita, sai de baixo. É um pouco insegura e tem uma certa tendência à nostalgia. Ama com intensidade e sente muito ciúme. Pessoas extremamente emocionais e intuitivas. Eternos românticos. Tem grande capacidade de observação e boa vontade para ajudar os outros.
CIGANO PROTETOR - Esmeralda.

Período: de 22 de julho a 22 de agosto.
Signo Zodiacal: Leão
Signo Chinês: Macaco
Metal regente: Ouro
Perfume: Sândalo
Dia da Sorte: Domingo
Pedra: Rubi
Cores: Amarelo, Laranja e Dourado.
SIMBOLISMO- A estrela cigana possui seis pontas, formando dois triângulos iguais, que indicam a igualdade entre o que está a cima e o que está a baixo. Representa sucesso e evolução interior. A pessoa que nasce sob esta influência é otimista e alto astral, nasceu para brilhar. Curte a vida intensamente e tem um talento especial para atrair as pessoas. Vive rodeada de amigos, mas tem mania de querer que tudo seja como você deseja. Conseguirá ótimas oportunidades nas artes cênicas. Possuem irrestivel atração pelo poder. São pessoas determinadas, creem leais e sempre em boa sorte e quase sempre generosas e positivas.
CIGANO PROTETOR - Yordana dos Ventos.

Período: de 23 de agosto a 22 de setembro.
Signo Zodiacal: Virgem
Signo Chinês: Galo
Metal regente: Níquel
Perfume: Gardênia
Dia da Sorte: Quarta-feira
Pedras: Ágata e Turmalina
Cores: Azul marinho e Verde.
SIMBOLISMO- Exatidão e perfeição. Nos séculos passados, era usado como relógio, e os ciganos o associaram à pontualidade, à disciplina e à firmeza. A pessoa sob esta influência é bastante organizada, ambiciosa, que supera sempre suas próprias expectativas. Acha que a vida é para ser aproveitada nos mínimos detalhes, porém, com consciência e sem exageros. Muito inteligente, analisa e critica tudo o que está ao seu redor. Se sai bem trabalhando com administração. Pessoas altamente superticiosas e místicas, apreciam a ordem e gostam de planejar suas atividades. São tímidas e desconfiadas.
CIGANO PROTETOR - Letícia del Ouro.

Período: de 23 de setembro a 22 de outubro.
Signo Zodiacal: Libra
Signo Chinês: Cão
Metal regente: Cobre
Perfume: Alfazema
Pedra: Diamante rosa
Dia da Sorte: Sexta-feira
Cores: Rosa e Azul.
SIMBOLISMO- A moeda é associada ao equilíbrio e à justiça e relacionada à riqueza material e espiritual, que é representada pela cara e coroa. Para os ciganos, cara é o ouro físico, e coroa, o espiritual. A pessoa sob esta influência é sensível, charmosa, vive de amores e sentimentos. Tem que estar apaixonada sempre. As atenções se voltam para você facilmente. Tem talentos artísticos e decorativos. Adora ajudar as pessoas e vive para isso. Razão pela qual está sempre cercada de amigos e companheiros. Pessoas de sensibilidade e e dedicação, força progresso. Corajoso, quase sempre bem sucedidas no amor.
CIGANO PROTETOR - Rugero Malvasquez.

Período: de 23 de outubro a 21 de novembro.
Signo Zodiacal: Escorpião
Signo Chinês: Javali
Metal regente: Ferro
Perfume: Almíscar
Pedras: Opala e Topázio
Dia de Sorte: Terça-feira
Cores: Púrpura e Marrom.
SIMBOLISMO- A adaga é entregue ao cigano quando ele sai da adolescência e ingressa na vida adulta. Por isso, é associada também à morte, ou seja, às mudanças necessárias que a vida nos oferece para crescermos. A pessoa sob esta influência tem um temperamento forte e enigmático, se torna irresistível e respeitada. Possui uma mente analítica, percebendo tudo o que está ao seu redor. Sempre procura se aprofundar no que está à sua volta, seja no amor ou no trabalho. Ama de maneira sensual e arrebatadora. Pessoas de coração bom. Possuem temperamento for- te, apaixonado e sedutor; crítico e observador. São muitos radicais.
CIGANO PROTETOR - Urdela.

Período: de 22 de novembro a 21 de dezembro.
Signo Zodiacal: Sagitário
Signo Chinês: Rato
Metal regente: Estanho
Perfume: Jasmim
Pedras: Safira e Turquesa
Dia de Sorte: Quinta-feira
Cores: Púrpura e Violeta.
SIMBOLISMO- O machado é o destruidor de bloqueios e barreiras. Ele simboliza a liberdade, pois rompe com todas os obstáculos que a natureza impõem. A pessoa sob esta influência tem a liberdade como a palavra que mais gosta de falar e curtir. Aventureira, jamais permanece parada em um só lugar. É como o vento, que tudo toca, em tudo está, mas em nada fica. Otimista, até as dores para você são sinais de alegria. Apaixona-se e se desapaixona facilmente. Se dá bem com trabalhos sem rotinas em que possa aprender sempre. Pessoas de personalidade forte, possuem auto disci- plina. Trabalhadoras e dedicadas. Consegeum superar os obstáculos.
CIGANO PROTETOR - Zoraya de Louvraria.

Período: de 22 de dezembro a 20 de janeiro.
Signo Zodiacal: Capricórnio
Signo Chinês: Boi
Metal regente: Chumbo
Perfume: Cítrico
Pedras: Ônix e Quartzo
Dia de Sorte: Sábado
Cores: Preto, Cinza e Verde-escuro.
SIMBOLISMO- A ferradura representa o esforço e o trabalho. Os ciganos têm a ferradura como um poderoso talismã, que atrai a boa sorte, a fortuna e afasta o azar. A pessoa sob esta influência tem seu bom senso, às vezes se torna séria demais. Tem, então, que se soltar um pouco mais. Raramente, confia em alguém. Busca amores estáveis e concretos. Pretende casar e ter filhos. É completamente familiar, ama os poucos amigos e se dedica à profissão. Pessoas fortes, lutadoras, benevolentes, comunicativas e otimistas.
CIGANO PROTETOR - Rochele da Bréscia.

Período: de 21 de janeiro a 19 de fevereiro.
Signo Zodiacal: Aquário
Signo Chinês: Tigre
Metal regente: Alumínio
Perfume: Canela
Pedra: Água marinha
Dia de Sorte: Sábado
Cores: Laranja e Marrom claro.
SIMBOLISMO- União e receptividade, pois qualquer líquido cabe nela e adquire sua forma. Tanto que, no casamento cigano, os noivos tomam vinho em uma única taça, que representa valor e comunhão. A pessoa sob esta influência sente uma grande preocupação com os assuntos à sua volta. Inteligente, humana, inquieta, tem vários amigos sinceros. Original, está sempre inovando. Vive atrás da felicidade. No amor, aprecia a sinceridade e a fidelidade. Pessoas que gostam da verdade; idealistas e cordiais. De temperamento variável, pensam num amanhã melhor.
CIGANO PROTETOR - Cigana da Praia Yajuri.

Período: de 20 de fevereiro a 20 de março corresponde ao signo de Peixes.
Signo Zodiacal: Peixes
Signo Chinês: Coelho
Metal regente: Platina
Perfume: Glicínia
Pedra: Ametista
Dia de Sorte: Quinta-feira
Cores: Violeta e Azul.
SIMBOLISMO- Representa o grande Deus. É sinal de religiosidade e fé. É o local em que todos entram em contato com seu Deus interno e desperta a força e o amor. A pessoa sob esta influência é emotiva, sensível, leal, justa, espiritualizada e sonhadora, é o próprio amor encamado. Tem muita força espiritual e dons para a clarividência. Ama cegamente e, às vezes, se desilude. É romântica e carinhosa. Quanto ao trabalho, gosta de tudo o que se relaciona a ajudar ao próximo. Pessoas ligadas ao misticismo; sensíveis e sentimentais. Confiam na vida e em mudanças positivas.
CIGANO PROTETOR - Tiziano Vesquilaz e Zandra Vesquilaz.
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